sábado, 25 de fevereiro de 2012

Publicitário Pedro de Luna investe em quadrinhos esportivos

Pedro de Luna
Marcelo Mesquita

            Nascido em Volta Redonda, o publicitário e desenhista Pedro de Luna que desde os nove anos de idade mora em Niterói, começa a se interessar por quadrinhos a partir da adolescência. Mas foi nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro em 2007 que Pedro inicia desenhos com certo teor esportivo.
            - Fiz um pôster em que mostrava a cidade e as pessoas praticando esporte, só que era uma paródia com os jogos do Pan, por exemplo, na corrida de obstáculo fiz um cara correndo desviando dos carros e pulando sobre cocô de cachorro – ironiza.
            Desde então, Pedro começa a notar que há pessoas que se interessam em quadrinhos esportivos e percebe que em alguns jornais de grande circulação não têm charge esportiva.
            - Pensei em fazer uma sobre o meu time de coração, em que pudesse desenvolver uma resenha esportiva de cada jogo do Fluminense nos quadrinhos – afirma Pedro.
            A ideia era que todo jogo do Tricolor, Pedro assistisse e desse sua opinião em forma de tirinhas. Em 2010 as tiras foram publicadas no blog www.quadrinhosdoflu.wordpress.com e fizeram muito sucesso quando o clube foi tricampeão brasileiro. Depois de uma pausa no ano passado Pedro inicia 2012 com novas ideias, inclusive de publicá-las num jornal em parceria com outros desenhistas torcedores de clubes rivais.
            - Pensei em retomar com intenção de até estampar as tirinhas em camisetas ou em outros produtos, imagino que poderia entrar num jornal até quatro quadrinhos, a minha do Fluminense, outro de um botafoguense, flamenguista e vascaíno e cada um fizesse a análise da rodada e colocasse o seu ponto de vista – conclui.

Charge produzida por Pedro de Luna
            Pedro não pensa em criar um personagem específico, os protagonistas seriam os próprios jogadores e técnico do clube. Porém as ideias de Pedro não têm limites, para ele seria muito bom se o Fluminense abraçasse o projeto a fim de expor as tirinhas no site do clube, patrocinasse em revistas em quadrinhos ou em uma animação que pudesse passar no intervalo dos jogos.
            - Porque no fundo é uma homenagem que faço ao Fluminense e também é uma forma de ser ouvido, pois a gente nunca sabe se o clube ou o técnico leva em conta o que a torcida está querendo – garante.
            Os quadrinhos ainda ajudam Pedro no dia a dia de sua profissão. Para ele é importante expressar alguma ideia nas ilustrações que realiza.
            - Hoje em dia os empresários procuram pessoas que sejam cada vez mais multimídia. Crio e também ilustro e isso acaba sendo um diferencial, porque eles entendem o que você quer e ainda bem que tenho esse dom – afirma.
            Além dos quadrinhos, Pedro de Luna ainda é autor de Niterói Rock Underground, livro independente que mostra a transição da música e da cultura no país e seus reflexos em Niterói. Em duas semanas de pré-venda já havia vendido 150 exemplares. Além de Niterói o livro já foi lançado em Belo Horizonte-MG, São Paulo-SP, Curitiba-PR, Aracajú-SE e São Luís-MA.
            - O mais legal é poder levar o rock de Niterói para outros lugares do Brasil. Se o pessoal do Fluminense gostar posso ainda fazer o mesmo modelo e lançar algumas revistas em quadrinhos do clube – conclui o torcedor Pedro.
Foto: Marcelo Mesquita

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Venda de máscaras aumenta 15% este ano

Olga Gibert e a Fábrica Condal
Marcelo Mesquita

            Há mais de 50 anos a Fábrica Condal, situada no bairro de Neves em São Gonçalo, produz milhares de máscaras todos os anos. Inaugurada pelo artista plástico espanhol Armando Valles, a fábrica é famosa por reproduzir desde o final da Ditadura, faces de políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff, José Sarney, Leonel Brizola, entre outros. A esposa do fundador e proprietária Olga Gibert admite que para 2012 nenhum político apareceu muito em evidência, como em 2010 que tínhamos o Barack Obama recém-eleito ou no ano passado que tínhamos o divertido Tiririca, mesmo assim as máscaras dos políticos fazem muito sucesso entre os jovens, principalmente no norte do Brasil. Entre as personalidades internacionais destaque para o ditador líbio Muamar Kadafi, o terrorista Osama Bin Laden e o rei do pop Michael Jackson. As máscaras são vendidas em lojas de artigo para festas em todo o Brasil e os pedidos para este ano aumentaram em 15% em relação ao ano passado.
            - O carnaval de rua deste ano vai ser muito maior do que nos anos anteriores, além das máscaras de monstros, as fantasias de oncinha estão muito marcantes – conclui Olga.
            Exportar as máscaras para a Europa em dificuldades e ainda ter que competir com o mercado chinês fez a fábrica Condal ter uma queda de 70% em relação ao ano passado.
            - Exportamos poucas máscaras este ano porque a Europa está em crise e perdemos também por causa das máscaras chinesas – admite e continua – mas a diferença das nossas máscaras para a dos chineses é que tudo aqui é feito com amor – afirma a proprietária.
             Além de políticos e artistas a Condal também produz máscaras de jogadores de futebol, personagens infantis, monstros clássicos como o Drácula e animais como girafas e leões, porém o personagem de maior sucesso de vendas ainda é o King Kong.
            Para o processo de criação, um artista plástico faz a escultura em argila de cada rosto dos personagens na própria fábrica, depois de passar no gesso e na máquina, é finalizado com a pintura. Olga Gibert está à frente da produção das máscaras para fazer o carnaval do Rio de Janeiro e do mundo mais alegre e divertido com rostos de famosos em toda parte.
Fotos: Marcelo Mesquita