Marcelo Mesquita
O museu faz parte de um acervo que pertence ao LEG (Laboratório de Ensino da Geometria) da UFF (Universidade Federal Fluminense) e busca tornar a matemática mais atrativa para os alunos. O objetivo é desenvolver conhecimentos matemáticos de uma forma lúdica e interativa para o visitante do museu. A exposição aconteceu em maio, mês em que se comemora o Dia da Matemática, justamente para lembrar a importância da disciplina no dia a dia de nossas vidas.
Monitora Ohanna Moura e a coordenadora Ana Maria Kaleff |
Ana Maria Kaleff, coordenadora do Museu Interativo de Matemática e responsável pelo LEG, nos conta sobre a importância da exposição e afirma, “no Laboratório de Geometria nós temos tentado trabalhar com a parte do deficiente visual. Todo o material que nós criamos no laboratório, estamos adaptando para o deficiente” e conclui, “precisamos formar nossos licenciandos para que eles enfrentem essa dificuldade da educação inclusiva, isto é, eles vão ter de trabalhar com deficientes visuais, auditivos, além de alunos com outros tipos de deficiência”.
Compareceram ao museu aproximadamente 500 alunos de mais de 30 escolas públicas das redes municipal, estadual e também de instituições particulares do Estado do Rio de Janeiro como Macaé, Niterói, São Gonçalo, Volta Redonda, Cabo Frio, Baixada Fluminense e até de Barbacena-MG. Maiara Barbosa, 17 anos, aluna do CIEP Zuzu Angel em São Gonçalo-RJ , diz que acha divertido estar no museu de matemática, principalmente por aprender a resolver fração.
Monitora Ayla Gatto |
As monitoras Ohanna Moura e Ayla Gatto nos mostraram várias atividades lúdicas de matemática para desenvolver a aprendizagem dos alunos, como por exemplo, Tangram que são quebra-cabeças em que podem ser formadas várias figuras, Frac-Cubo de 3 peças que trabalha com fração, além do Poliedro de Platão, Teorema de Pitágoras, Cartões Fractais, Árvore de Base 2, Cubo-Soma, exposição de jogos, materiais didáticos e principalmente cálculos para cegos em que os alunos aprendem a calcular em placas lisas e ásperas lembrando uma leitura em Braille.
Professora Camila Matheus |
Camila Matheus, professora de Matemática do IEPIC (Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho) e supervisora do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), trouxe várias turmas de alunos para interagirem e motivá-los para o aprendizado da matemática. Segundo a professora, “os alunos ficam mais participativos num ambiente desses do que dentro de sala de aula, além de desenvolver neles a percepção visual, a criatividade e a parte artística também”, e concluiu, “sempre que puder trazer minhas turmas a eventos como este, vou trazê-los e em sala de aula desenvolvo atividades de acordo com o projeto daqui”. E sobre a importância do Museu Interativo de Matemática, a professora finalizou, “tem que fazer de uma forma com que isso surta efeito, pois não é uma aula bonitinha de passeio, é uma aula de matemática e eu busco essa idéia”.
Fotos: Marcelo Mesquita